Nùcleo de Teatro de Rua ELT

Monday, July 10, 2006

Entrevista com Thomas Holesgrove

Em outubro do ano passado, o artista de rua australiano Thomas Holesgrove, associado pelo núcleo Arte Tangível concedeu a seguinte entrevista para o Portal da CPT:

Portal – Vamos começar conhecendo a sua experiência, o que te levou para a rua e a trajetória entre o trabalho no seu país até chegar no Brasil.

TH – Comecei como ator, na adolescência, fazendo malabarismo e clown. O único lugar pra eu apresentar isso, na capital da Austrália, era a rua e eu comecei de forma muito rústica, sem direção mas com muita vontade. Nunca tinha visto teatro de rua, nem sabia como fazer. Daí eu comecei a conhecer artistas de rua de Sidney, que vinham de vez em quando a Cambra, com estruturas muito fortes e focadas em habilidades circenses, eficazes no jeito de atrair o público.

Portal – Como era esse jeito?

TH – O formato bem típico na Austrália é a construção do personagem enquanto ainda não começou o espetáculo, enquanto você ainda está arrumando as coisas pra começá-lo.

Portal – A própria preparação já faz parte do espetáculo.

TH – Você já entra na personagem e isso já atrai um público enorme, já conquista uma primeira fila, sem a qual ninguém pára para assistir. Isso é diferente do que acontece no Brasil, onde o povo parece ter mais interesse em assistir um cara fazendo alguma coisa na rua. Na Austrália, se você está tentando fazer um espetáculo, e não tem público, as pessoas têm medo de parar para assistir, porque pensam que você é um louco. Mas, se você já tem uma fila... Você diz: “vem aqui, espera um pouquinho, eu vou fazer um espetáculo”, rústico assim. A gente estabelece um papo com eles, enquanto se forma essa primeira fila. Então, se tem público, aí todo mundo quer ver o que é que está acontecendo.

Portal – E nesse tempo, enquanto você forma o seu público, vai fazendo coisas...

TH – É semelhante à estrutura da commedia dell´arte, que tem um esqueleto concreto mas também uma série de piadinhas que são de valia enquanto vai se ocupando o espaço, falando com as pessoas ou simplesmente fazendo malabarismo, comédia física, música, que é muito comum usar nessa primeira parte do espetáculo. Daí se entra na estrutura do espetáculo, para apresentar ao público o que você vai fazer: “eu vou fazer um espetáculo e vai ter um final espetacular, todos têm que assistir!”...

Portal – E, no final, roda-se o chapéu.

TH – Exatamente. Você vai construindo o corpo, sempre pegando alguém do público para participar, porque o público adora ver alguém do público lá, tentando se situar, dentro do espetáculo. Ajudar a subir no monociclo ou ajudar a passar as facas ou tochas de fogo é uma coisa que não se espera que alguém do público saiba fazer. Então é importante criar essa tensão e ir improvisando com essa pessoa.

Portal – E quanto à questão de políticas culturais, qual é a atenção que o governo dá para essa arte na rua, lá?

TH – O governo nem quer saber [risos]. Na verdade, lá na Austrália, dependendo do lugar, dá pra se viver com esses espetáculos. Só com a contribuição do público.

Portal – Em média, uma rodada de chapéu rende quanto?

TH – Bom, pra mim, em Sidney, um bom chapéu seria 200 dólares australianos – como 200 reais, aqui – seria considerado um bom resultado. Mas você pode fazer uns dois, três ou quatro espetáculos durante um fim-de-semana e, então, você pode até viver bem. O problema é a competição com outros artistas, que estão fazendo outras coisas ou se chove durante o espetáculo e o público vai embora. Tem várias complicações, mas dá pra viver. Mas o governo não quer saber. Às vezes, nem quer que essas coisas aconteçam.
Na verdade, para os artistas de lá, é uma luta preservar essa arte. O governo diz que “não pode ter isso porque atrapalha os turistas”, ou até mesmo as pessoas da rua reclamam e então a polícia vem e manda os artistas embora. Então, para nós, fica difícil explicar ao governo que, na verdade, a arte é uma coisa maravilhosa, que os turistas adoram, tem pessoas que vêm para assistir teatro de rua. É uma luta mostrar pra eles o quanto a gente está contribuindo, sem nada esperar do governo, para a vida cultural da cidade.
E tem várias questões de segurança. As pessoas que pedimos para jogar uma faca ou uma tocha podem ser bastante perigosas para o público. Eu já vi artistas que não sabiam o que estavam fazendo realmente fazendo coisas perigosas para o público. O governo olha para a segurança pública, com propostas que regularizam isso.
O artista então tem que ter uma licença pra fazer teatro de rua em vários lugares.

Portal – Quer dizer que lá existe um controle com reconhecimento oficial nesse sentido?

TH – Em Sidney, sim. Mas tem lugar que você vai lá, faz e pronto.

Portal – Como é que funciona essa licença?

TH – Você vai à prefeitura e faz um formulário. Se você vai usar, por exemplo, facas ou fogo, três artistas de rua avaliam se a forma é responsável. Paga-se uma taxa de 5 dólares australianos por mês e você tem essa licença. Também existem locais definidos onde se pode fazer. E só se pode fazer nesses lugares, que são os melhores lugares e onde o governo já concordou em liberar.

Portal – E há também uma fiscalização acerca do teor da peça?

TH – Tem lugar que sim, porque há espetáculos em que alguns artistas realmente gostam de desafiar o público com piadinhas...

Portal – Mas isso não é censura?

TH – Com certeza é. A justificativa do governo é que tem a ver com a questão da segurança e a paz pública. Mas eu já vi artistas que passam do limite do aceitável. Se eles devem ou não ser censurados, eu não sei.

Portal – Mas você não acha que o próprio público poderia exercer esse tipo de censura?

TH – Sim. Mas, em primeiro lugar, não é o caso de teor político. É sobre as agressões com palavrões...

Portal – Politicamente não existe esse tipo de censura?

TH – Nunca vi censura ligado a política, alguém falando sobre “o governo estar destruindo a nossa vida”. São pessoas realmente agredindo o público com palavrões, insultos. E normalmente são os piores artistas, os que não conseguem parar ou pegar um público e ficam lá, tentando e tentando, frustrados. Então alguém passa e eles agridem. Para mim, existe, sim, essa censura, mas eu nunca vi, até agora, na minha experiência, isso como uma coisa usada para censurar política ou artisticamente. Para mim parece ser mais um controle de qualidade que me ajuda como artista, porque mostra que não é para todo mundo ir lá, fazer e criar uma imagem ruim perante o público. Ao fazer o meu espetáculo, eu quero que o público e o governo me respeitem como artista porque estou fazendo uma coisa honesta, que seja arte mesmo, não qualquer coisa.

Portal – Tem bastante gente fazendo teatro de rua, na Austrália?

TH – Quando eu estava lá, tinha um monte de gente.

Portal – Faz quanto tempo que você saiu de lá?

TH – Em 2001 eu viajei para a Europa, para apresentar espetáculos e fazer um curso de commedia dell´arte na Itália, onde encontrei uma atriz brasileira, a gente se casou e agora eu estou vivendo aqui e trabalhando com ela.

Portal – Qual foi sua experiência na Itália?

TH – Estive rodando o chapéu com apresentações do espetáculo com o qual trabalho aqui no Brasil. Também participei de alguns festivais. Nos países latinos em geral, é uma experiência que as pessoas adoram, vêm assistir, gritam, batem palmas mas, no final, quando a gente diz “agora pedimos que vocês paguem”, puff! Vai todo mundo embora... [risos]

Portal – Pelo jeito, isso é no mundo inteiro!

TH – Na Austrália, em Sidney, no Festival de Edimburg, o chapéu às vezes é muito bom. Também na Holanda existe lugares excelentes para se viver pelo chapéu.

Portal – Você conseguiu perceber alguma coisa em torno de políticas culturais interesses, nesses lugares da Europa que você visitou?

TH – Quando se fala de “política cultural”, se quer falar de...

Portal – O poder público participando do estímulo, da manutenção e da criação de possibilidades para o teatro de rua se manifestar e de ser pago, de maneira a devolver o dinheiro público ao cidadão.

TH – Uma coisa que me frustra muito na Austrália é que culturalmente a identidade do país é muito centrada no sucesso nos esportes. Se você faz um tipo de esporte, “uau, que legal, eu faço isso também, jogo futebol, eu conheço todos os jogadores de todos os esportes, futebol, natação, basquete, tudo”. Mas, nas artes, você diz que é artista e a resposta que vem é: “é? Não dá muito dinheiro isso, não é?”. Eu não vejo frisson em artes. O governo tem tentado criar leis de incentivo para ajudar artistas, mas eu tenho sentido que o povo australiano não tem muito interesse nas artes, no teatro em geral. Com o teatro de rua se vê claramente que não tem apoio do governo. Há apoio para o teatro, então se poderia fazer inscrições para o teatro feito na rua. Então vira teatro comercial. Esse tipo de teatro que eu faço o público, no final, pode achar muito legal e pagar. Mas meu espetáculo é diferente, usa clown, é uma exceção. Na Austrália, o que funciona bem é um cara bem macho, tatuado, com piercing, fazendo espetáculo de circo, com piadinhas. Para mim, são animadores maravilhosos. Mas, para mim, não tem muito de teatro. Meu interesse é teatro, por isso eu trabalho muito mais com clown. E isto torna a coisa mais difícil, para mim. “Por que ele está vestido assim, fazendo essas coisas?”, o público não entende uma coisa simples como a linguagem de clown. Tem o caso de artistas que foram agredidos pelo público, entrando no palco xingando “você é uma bicha”, chegando ao nível de bater. Eu uso um formato que funciona, que agrada, então eu posso ter sucesso. Mas é esse o clima. Tem também os espetáculos itinerantes, grupos maravilhosos, bem bacanas...

Portal – Você pode citar alguns?

TH – Eu me lembro de um grupo que os artistas caminhavam, todos de terno, com as cabeças dentro de tanques de água, tipo aquários, como se fossem peixes. Eu não sei como conseguiam, eles passavam cerca de duas horas andando com esse negócio. Tem um outro grupo, se não me engano chama-se Icara, que fazem espetáculos itinerantes com pernas-de-pau, bonecos, figurinos enormes e tudo isso que é muito legal. Mas todas essas coisas, como eu disse, não têm apoio do governo e é uma coisa que também não funciona com o chapéu. Então resta vender essas coisas para festivais.

Portal – E a iniciativa privada, empresas, o comércio, compram? Patrocínio para teatro de rua.

TH – Patrocínio para teatro de rua eu não sei. Eu nunca segui esse caminho. Deve existir. As companhias, empresas, instituições comerciais querem patrocinar uma coisa bem visível, comercial, que já tem sucesso. Então eles querem apoiar o Sidney Theater Company, com os atores de televisão, o diretor que já é famoso. Tem grupo de circo que também faz teatro de rua, que fez aquele evento de troca de milênio, com os fogos, ao lado do Cine Opera House, que faz coisas impressionantes na rua e no teatro também. Eles já fazem sucesso, mas agora eu não sei se eles têm apoio, patrocínio de alguma empresa. Mas ele tem esse perfil, agora que eles já têm reputação. Mas para as pequenas companhias de teatro de rua...

Portal – ... ou seja: nada tão diferente do Brasil! E na Europa, o que você sentiu, nesse sentido?

TH – A Europa abriu os meus olhos para o fato de que uma arte mesmo, como o teatro de rua, existe. Primeiro eu estava participando do Festival de Edimburg, onde existe um circuito excelente para espetáculos de chapéu, havia mais de trinta artistas de toda parte do mundo, Japão, Canadá, Inglaterra, Holanda, nem tanto da França, que não cultiva muito espetáculos de chapéu. Estive nesse festival, fazendo espetáculos na rua, apresentando para platéias de 500 pessoas, que estavam passeando e param para assistir ao espetáculo, com dinheiro para pagar o espetáculo e pagam, pagam com libras. Isso foi excelente, mas o volume de espetáculos de chapéu que eu vi lá foi impressionante.

Portal – O que é que você pode contar pra gente, das suas observações sobre esse tipo de trabalho?

TH – Uma coisa importante para mim era clown. Na Europa, o público entende melhor clown do que na Austrália. Então tive a oportunidade de ver outras pessoas fazendo espetáculos de chapéu com clowns maravilhosos. Um cara – o nome eu esqueci – fazendo somente clown, sem usar nenhuma habilidade de circo, fazendo clown brincando o tempo todo com o público durante o espetáculo. Foi muito bom ver como funciona, na rua, um espetáculo assim. Outra coisa foi ver como funciona outras formas de teatro de rua.
E eu viajei para vários lugares. Cheguei na Espanha e fui para um festival a umas três horas de trem de Barcelona, que deve ser um dos principais festivais de teatro de rua na Europa. Em Barcelona também foi muito interessante. Eles tem um local que se chama Las Ramblas, que é uma avenida central. Eu fiquei surpreso, porque não tinha espetáculo rodando chapéu. Eu fui lá fazer um espetáculo, todo mundo assistiu, adoraram o espetáculo mas ninguém pagou nada. Mas nesse lugar tinhas as Estátuas-Vivas, então era um lugar mais para isso. Eu já tinha visto estátuas, mas não com aquela qualidade, com aquele nível de apresentação, com a brincadeira com o público e jeito de trabalhar com esse gênero.
Vi outro gênero, não sei como se chama, mas você fica lá, esperando as pessoas passarem, e uns caras vestidos de monstros ficam ao lado de uma ruela, esperando as pessoas saírem, de repente eles pulam e dão um susto. E tem um outro lugar em que outras pessoas se divertem assistindo a preparação desse susto. É muito diferente e muito gostoso. Na verdade, num festival que aconteceu em Melborn, na Austrália, eu estava assistindo vários grupos australianos e europeus que me lembravam muitas coisas que eu vi na Espanha, trabalhando com diversos tipos de bonecos enormes, em pernas-de-pau, esse gênero de teatro que é muito lindo, às vezes muito lírico...

Portal – Quem é a atriz brasileira com quem você se casou?

TH – Luciana Saul, que faz parte da Arte Tangível. É atriz e faz um pouco de teatro de rua, comigo. A gente foi para a Austrália com um espetáculo infantil, “Nasus e Flora”, onde ela faz o papel de um girassol enorme, então seu figurino visualmente é grande. Esse espetáculo não é de rua, mas eu percebi que esse figurino que ela usa e até mesmo esse personagem, pois ela tem muita experiência em clown, também, o jeito com que ela brinca com esta personagem, foi muito divertido. Eu percebi que eram bons elementos para a rua. Então, quando a gente foi para Sidney, a gente brincou um pouco com isso, fazendo experimentos, pondo esse personagem dela para interagir com o público, coisas assim. Eu não sei se a gente vai ou não ampliar essa pesquisa.

Portal – E no Brasil...

TH – Aqui no Brasil uma coisa que está me animando muito, e eu tenho que admitir que, até agora, eu conheço pouco do teatro de rua no Brasil, faz três anos que a gente está formando a Arte Tangível, nossa companhia de teatro, e Luciana está fazendo mestrado na USP, um projeto sobre teatro e ritual, estudando rituais de candomblé, base para nosso trabalho como atores ocidentais... O que eu estou vendo, no momento, é uma coisa que para mim é muito animadora, que são companhias fazendo teatro mesmo, na rua, contando histórias. E também o nível de comentários sócio-políticos é muito inspirador. E isso é uma coisa que nem na Austrália e nem na Europa eu vi, como fazem os grupos aqui no Brasil. Eu estou muito inspirado e tenho muito respeito por isso, porque eu acho que é um trabalho importante, colocar a rua como um lugar para essa discussão.
Em S. José do Rio Preto assisti “Movimentos para Atravessar a Rua”, do Tablado de Arruar, que, para mim, é o melhor trabalho brechtiano que eu já vi. Uma peça sobre desemprego e pessoas que catam papelão. Foi muito inspirador pela qualidade do espetáculo mas também pela reação do povo brasileiro que vem para assistir e também participa, fazendo perguntas diretas para o grupo e o grupo para a platéia: “vocês acham que isso está certo?” e a platéia respondendo. Esse debate dentro do espetáculo é que, para mim, é uma das forças do teatro de rua.
Eu, como ator, não trabalho só na rua e até cheguei a fazer trabalhos como ator para o Sidney Theater Company, que é uma das maiores companhias de teatro da Austrália. E também para o Sidney Opera House. Mas, usando a palavra de Peter Brook, era o teatro morto, sabe? Em primeiro lugar, somente os ricos podem pagar ingressos de 50 dólares, que só vão lá porque tem algum nome famoso no elenco, nem sabem o que é a peça, nem entendem bem o que estão indo assistir, é como se estivessem assistindo a televisão, e a maior parte vai embora no intervalo. O que eu gosto no teatro de rua é que ele é acessível para todo mundo. Mistura rico, pobre, cara que vive na rua mesmo até acadêmicos, intelectuais, crianças...
E também por ser interativo. Isso já é uma coisa que eu gosto no teatro de rua na Austrália. Mas o conteúdo sócio-político que eu vejo aqui no Brasil se torna uma coisa tão importante para a comunidade, uma coisa tão valorosa, que me dá muito prazer. Meu espetáculo é mais na linha do entretenimento. Eu acho que isso é muito importante, também. Eu tenho muito prazer em fazer esse espetáculo. Mas esse lado sócio-político, aqui no Brasil, tem uma força. Além disso, eu tenho observado formas específicas de teatro de rua do Nordeste, tanto no que diz ao figurino como ao uso de músicas. Eu estou muito animado a conhecer mais esses tipos de teatro de rua, também.

Portal – Conhece as referências de cordel, de repentistas, manifestações de rua do Nordeste?

TH – Em Ilhéus, na Casa dos Artistas, existe uma pesquisa de teatro de cordel e eu tive a oportunidade de assistir uma apresentação deles, nesse gênero, que eu achei maravilhosa. Então eu junto esse pouco contato com o que as pessoas me contam sobre teatro popular no Brasil. O que eu estou percebendo, pra ver esse lado sócio-político aqui em São Paulo, mas também eu estou percebendo é que tem uma tradição, um mundo de teatro de rua aqui no Brasil e na América Latina, que não existe nos outros lugares do mundo que eu conheço até agora.

Portal – Você tem alguma referência em outros países aqui da América Latina?

TH – Ah, eu tenho ouvido muita gente dizendo que eu tenho que conhecer o teatro de rua da Colômbia, que é maravilhoso. Sei também que, na Argentina, tem um movimento bem forte de teatro de rua, como no Chile, também. Mas de novo é essa coisa de vários gêneros de teatro de rua que existem aqui na América Latina. E esses estilos diferentes, tradições mesmo, que não existem fora do continente, portanto, eu não conheço. Por exemplo, o uso de bonecos ou de pernas-de-pau eu já vi bastante na Europa e na Austrália, mas as pessoas estão me falando que aqui tem um estilo bem específico, tradicional, nos lugares do Nordeste.

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