Nùcleo de Teatro de Rua ELT

Tuesday, May 23, 2006

Teatro Popular Pernanbucano - Considerações

Um teatro que não tem fim.

Onde quer que seja o espaço cênico (lugar da representação), ao ar livre das praças ou trancafiado nas quatro paredes de uma casa de espetáculos, o teatro popular estará sempre presente no universo cênico no decorrer dos tempos, recriando e inventando impulso para a sua sobrevivência. Foi assim com os gregos antigos, foi assim com Skakespeare (1564 - 1616), da mesma forma com Molière (1622 - 1673) e assim tem sido com o teatro de Ariano Suassuna (1927).

A dramaturgia nordestina vem dando uma contribuição impagável ao teatro popular no Brasil, com uma profunda riqueza de linguagem e estética, onde o aspecto folclórico é apenas uma das opções dramáticas, mas, sobretudo, a identidade cultural no que diz respeito ao supra-sumo da natureza desse povo é posta em discussão. Temas e carpintaria teatral nos textos de: Luiz Marinho (PE), Isaac Gondim (PE), Lurdes Ramalho (PB), Oswald Barroso (CE), Vital Santos (PE), Tácito Borralho (MA), Racine Santos (RN), Ronaldo Correia Brito (PE), entre outros da atualidade, são verdadeiras obras-primas de um teatro popular. Da mesma forma, nomes saudosos como Joaquim Cardoso, José Carlos Cavalcanti Borges, Osman Lins, Hermilo Borba Filho, entre tantos, continuam presentes nesta corrente de um teatro que é do povo, como do povo é a obra de João Cabral de Melo Neto, o poeta pernambucano mais encenado no teatro popular brasileiro.

"O meu nome é Severino
Não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
Deram então de me chamar
Severino de Maria".

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